quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Dias difíceis de Chanfros



Pensando...
Estou franchado de troncos
Fresado de Pontas
Fresado de Chanfros
Troncos, fresas e chanfros
Ambos anchos de sí,
Dias sem glória
Glórias sem palmas
Outras até fora de hora
Horas aquém do esperado
Muito além do conjeturado
E Dias difíceis na chanfraria do pensar.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Eu Sou... Mais um.



Menino-Homem-Mulher ou simplesmente: Andrógino.
Brinca aos olhos da Criação, pensando ser Criador-Criatura.
-Quem sabe fora eu criado antes de todos? - Delirírio. - Incriado seria?
Castigos daqui, pirraças dalí, embrenha-se em atitudes pseudo-heróicas que somente ele traduz.
-Quero mais Luz! Eu sou Luz! - Reclama a sí mesmo a autoria do sol, mas como?
É aquele que tudo quer, que tudo consegue, a todos quer dominar... Em vão.
E brinca, tomando para sí a responsabilidade pelo aprendizado alheio.
-Isso é errado! Aquilo é certo! - Esbraveja baixinho.
Ninguém nota sua crueldade, tão silenciosaMente proferida.
Mas para sí é justo e bondoso, somente para sí.
Em seus mais profundos delírios pega-se pensando:
-Quem sou? Não importa, apenas sou!
O que todos veem é apenas aquele, um dos "diferentes"... 
Dos quais aos olhos do Criador apenas é...




"Totul a pornit  de la ideea că mamele dorm împreună cu fiii lor"

sábado, 16 de janeiro de 2016

O Dorminhoco

Acordei de um sonho,
Me vi velho, sendo novo...




E eis que o maduro acorda e de nada recorda

O que sabe está na idade que tem
Velho porém, novo se torna.
Muito embora, novo jamais será novamente.
Desde os tempos da serpente
Nada se perde em cada sono
Do mundo descobriu-se seu Dono
Como, quando e por que o fez
Nada se esconde dos "porquês"
Indagados a cada hora
Pelas crianças que outrora
Eram os velhos da vez.
Acordem vovôs e vovós,
Que em suas chupetas, tragam o ar dos cachimbos
E agora, quem sou?
Sinto-me velho, porém novo estou.
Trago em choro, lamentos de um povo
Que nem ao menos sei quem foi.
Cresci e nada mais sei, so sei que velho sou.
Quem sou?

terça-feira, 13 de novembro de 2012

A Fusão



Parelelismo perfeito entre dois seres
Animados pelo metabolismo disperso no plasma...
A infinita atração que os une imita a natureza animal primitiva...
Separados?
Pela curva e quintessência universal na pluraridade dos mundos e dimensões...
Juntam-se!
A sua fusão alude ao magma quando do encontro com águas gélidas do ártico...
Explosões!
E em outro universo paralelo ocorrem explosões ainda maiores que hiroshima
Que implodem a seguir!
É comparado ao tempo que vai e volta...
Relatividade!
Enquanto no outro lado do globo o monge visita um templo celestial em transe
Tudo isso acontece com a interferência e sob os auspícios do fluido universal.
E tudo é um só.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Espelho líquido comicamente incrustado de frangos 2

fire lake gold red picture and wallpaper


Quarenta frangos dançam no lago escuro do caminho do nada. A cada quatro ciclos, eles deturpam o ambiente límpido trazendo podridão fétida encarnada de alimento bom. Um viciado, cansado da noite de trabalho escravo empanturrado de ópio, perdeu a direção e inocentemente pintou o espelho fulgente e negro de alvos frangos abatidos, nus e sem cabeça. A plateia esperando a papinha, não enxergou a intenção sombria transformando-os em palhaços sorridentes. Quarenta usurpadores completando um ciclo eterno de corrupção em todos os níveis. A Ruta graveolens, observou sorridente a conquista do poder, os palhaços sorridentes e o espelho funesto. Um dia os palhaços gritarão e queimarão o espelho derretendo os frangos icônicos do lago escuro, clareando um mundo novo.

Palliae Sun
Sententia est
Bona fides semper praesumitur nisi mala adesse probetur

Bona publica
Boni mores
Bullshit!


domingo, 15 de julho de 2012

Espelho líquido comicamente incrustado de frangos









Lia caminhava devagar as margens do lago escuro com cheiro de podre. Depois de uma noite de gritos aterradores de prazer, Lia não poderia clarear a estranha brincadeira de bate o buraco. Frangos amarelos puxados para o branco desfilando num palco escuro e límpido, malcheiroso e de perversa simetria. Frangos que dançam como os patinhos de fibra suja de vômito, picolés e escarros de adolescentes teimosos e birrentos. A maquinaria necessária para o espetáculo fúnebre galináceo era o balanço das ondas noturnas sem influência da rainha dos poetas. Moribundos esquecidos que chegaram ali de alguma forma simples que teima em não ser clara ao florescer na sua mente fraca e entorpecida... Confortavelmente entorpecida de chamarizes mortais nas teias da noite negra, fria e vergonhosa não concluída...


Continua...


sexta-feira, 13 de julho de 2012

Ordem do Caos




Eis que o marasmo havia tomado conta do local


As torres negras gélidas e imóveis o atormentavam


Por que não posso possuí-las também?


"Vamos barbarizar um pouco!" Pensava ele em voz alta

E na solidão que somente um louco solitário conhece, ele embrutece


Tudo ocorre como o planejado... Afinal... Estou a salvo!

Após o descarrêgo emocional, foi-se ter em outras bandas.

Mas notaram que ambas as torres estavam caídas...

E nada era como antes...

Mas quem esteve aqui?


Onde está todo mundo?

E o apocalipse chegou de vez.


Outro que apenas observava de longe, aproximou-se


E viu escrito em ambas as torres:

"InRi"- Igne Natura Renovatur Integra!


-O fogo renova a natureza inteira!

Gritou um dos operários, que conhecia expressões em latim.

É alguem esteve mesmo aqui e não está satisfeito conosco...


Do alto da sua torre mental observava os minúsculos seres


Na luta incessante em apagar o fogo, que apenas ele controlava...


Somente ele sabia como parar, mas jamais diria uma única palavra...


Pois queria mesmo o caos para depois se fazer a ordem....