sábado, 16 de janeiro de 2016

O Dorminhoco

Acordei de um sonho,
Me vi velho, sendo novo...




E eis que o maduro acorda e de nada recorda

O que sabe está na idade que tem
Velho porém, novo se torna.
Muito embora, novo jamais será novamente.
Desde os tempos da serpente
Nada se perde em cada sono
Do mundo descobriu-se seu Dono
Como, quando e por que o fez
Nada se esconde dos "porquês"
Indagados a cada hora
Pelas crianças que outrora
Eram os velhos da vez.
Acordem vovôs e vovós,
Que em suas chupetas, tragam o ar dos cachimbos
E agora, quem sou?
Sinto-me velho, porém novo estou.
Trago em choro, lamentos de um povo
Que nem ao menos sei quem foi.
Cresci e nada mais sei, so sei que velho sou.
Quem sou?