terça-feira, 17 de julho de 2012

Espelho líquido comicamente incrustado de frangos 2

fire lake gold red picture and wallpaper


Quarenta frangos dançam no lago escuro do caminho do nada. A cada quatro ciclos, eles deturpam o ambiente límpido trazendo podridão fétida encarnada de alimento bom. Um viciado, cansado da noite de trabalho escravo empanturrado de ópio, perdeu a direção e inocentemente pintou o espelho fulgente e negro de alvos frangos abatidos, nus e sem cabeça. A plateia esperando a papinha, não enxergou a intenção sombria transformando-os em palhaços sorridentes. Quarenta usurpadores completando um ciclo eterno de corrupção em todos os níveis. A Ruta graveolens, observou sorridente a conquista do poder, os palhaços sorridentes e o espelho funesto. Um dia os palhaços gritarão e queimarão o espelho derretendo os frangos icônicos do lago escuro, clareando um mundo novo.

Palliae Sun
Sententia est
Bona fides semper praesumitur nisi mala adesse probetur

Bona publica
Boni mores
Bullshit!


domingo, 15 de julho de 2012

Espelho líquido comicamente incrustado de frangos









Lia caminhava devagar as margens do lago escuro com cheiro de podre. Depois de uma noite de gritos aterradores de prazer, Lia não poderia clarear a estranha brincadeira de bate o buraco. Frangos amarelos puxados para o branco desfilando num palco escuro e límpido, malcheiroso e de perversa simetria. Frangos que dançam como os patinhos de fibra suja de vômito, picolés e escarros de adolescentes teimosos e birrentos. A maquinaria necessária para o espetáculo fúnebre galináceo era o balanço das ondas noturnas sem influência da rainha dos poetas. Moribundos esquecidos que chegaram ali de alguma forma simples que teima em não ser clara ao florescer na sua mente fraca e entorpecida... Confortavelmente entorpecida de chamarizes mortais nas teias da noite negra, fria e vergonhosa não concluída...


Continua...


sexta-feira, 13 de julho de 2012

Ordem do Caos




Eis que o marasmo havia tomado conta do local


As torres negras gélidas e imóveis o atormentavam


Por que não posso possuí-las também?


"Vamos barbarizar um pouco!" Pensava ele em voz alta

E na solidão que somente um louco solitário conhece, ele embrutece


Tudo ocorre como o planejado... Afinal... Estou a salvo!

Após o descarrêgo emocional, foi-se ter em outras bandas.

Mas notaram que ambas as torres estavam caídas...

E nada era como antes...

Mas quem esteve aqui?


Onde está todo mundo?

E o apocalipse chegou de vez.


Outro que apenas observava de longe, aproximou-se


E viu escrito em ambas as torres:

"InRi"- Igne Natura Renovatur Integra!


-O fogo renova a natureza inteira!

Gritou um dos operários, que conhecia expressões em latim.

É alguem esteve mesmo aqui e não está satisfeito conosco...


Do alto da sua torre mental observava os minúsculos seres


Na luta incessante em apagar o fogo, que apenas ele controlava...


Somente ele sabia como parar, mas jamais diria uma única palavra...


Pois queria mesmo o caos para depois se fazer a ordem....

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Sangue na Espada



E Caminhava sempre com a espada



E de nada servia


Eis que precisou desembainhá-la


Ferrugem?


E parecia muito mais com sangue


Mas ele havia trocado a espada pela do companheiro


Ou será que eles nunca estiveram juntos?


Que lugar era aquele?


Nem ao menos o seu nome ele lembrava.


Sentiu apenas a falta de algo quando viu o sangue entre as pernas.


E desmaiou.

domingo, 8 de julho de 2012

Afundando no mar de areia


 http://djalirancher.com/wp-content/uploads/2010/10/01_An_Ocean_of_Sand_Sahara.jpg

A felicidade inquietante fez com que esquecesse a forma-disforme-puntiforme que se apresentara desde sempre pelo seu pecado fisicamente mortal. Mas agora, nesses tempos de trocas recorrentes que nos traz o diferencial que os levará as nuvens. Junte nesse mesmo bojo a corriqueira manifestação do negativismo e a grossa flor se transforma num lindo vaso de Timbuktu enterrando-se nas areias do deserto.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Ouvido da Razão


Perco-me nas palavras... Um livro!
São cem páginas de um labirinto
O raciocínio é impossível
Na confusão mental da egrégora humana de nossa dimensão
Me perguntam coisas e sempre as mesmas coisas
As quais ignoro
Ou não
Por não querer dar razão
À voz sub-viciada da razão prolixa
Eis que apenas digo:
Não sei!
Não vi!
E toca pra frente!