Lia caminhava devagar as margens do lago escuro com cheiro
de podre. Depois de uma noite de gritos aterradores de prazer, Lia não poderia
clarear a estranha brincadeira de bate o buraco. Frangos amarelos puxados para
o branco desfilando num palco escuro e límpido, malcheiroso e de perversa
simetria. Frangos que dançam como os patinhos de fibra suja de vômito, picolés
e escarros de adolescentes teimosos e birrentos. A maquinaria necessária para o
espetáculo fúnebre galináceo era o balanço das ondas noturnas sem influência da
rainha dos poetas. Moribundos esquecidos que chegaram ali de alguma forma
simples que teima em não ser clara ao florescer na sua mente fraca e entorpecida...
Confortavelmente entorpecida de chamarizes mortais nas teias da noite negra,
fria e vergonhosa não concluída...
Continua...
Que fedor!
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